– Não se esqueça de uma coisa – gritou, enquanto se afastava. – O amor permanece. Os homens é que mudam!
Eu ri, ela me acenou de volta.
Fiquei olhando o rio por muito tempo. Chorei até sentir que não tinha mais lágrimas.
Então comecei a escrever.
(Paulo Coelho - Nas margens do rio Piedras sentei e Chorei)

domingo, 9 de maio de 2010



Esse cinza delgado de um branco e preto misturado
Da tom brilho e contraste aos fios de cabelos constantes
Formando uma beleza traçada pelo tempo sempre marcante

São fios de cores tão simples

São cores finas e sutis

São traços, pontos e encontros

Traçados num ninho sutil

São fios montados pelo tempo

São cores de sombra e sol

São traços de um tempo vivido

São sombras sonhos e amor

Unidos numa leveza de uma simples mistura de cor!


(Rosilene Souza)

Amores secretos Debaixo dos guarda-chuvas...



Minha Casa

(Zeca Baleiro)

É mais fácil
Cultuar os mortos
Que os vivos
Mais fácil viver
De sombras que de sóis
É mais fácil
Mimeografar o passado
Que imprimir o futuro...

Não quero ser triste
Como o poeta que envelhece
Lendo Maiakóvski
Na loja de conveniência
Não quero ser alegre
Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre
Sob o sol de domingo...

Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas
E não anda
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas...

Amoras silvestres
No passeio público
Amores secretos
Debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar...

Veja o mundo passar Como passa Uma escola de samba Que atravessa Pergunto onde estão Teus tamborins? Pergunto onde estão Teus tamborins? Sentado na porta De minha casa A mesma e única casa A casa onde eu sempre morei A casa onde eu sempre morei A casa onde eu sempre morei...




Forte é aquele que se domina, e nao o que domina os demais!

Somos donos das palavras que calamos, e escravos das que proferimos! (R.F.C)

domingo, 2 de maio de 2010


Os dias se tornaram mecanicamente iguais As horas imutáveis , apressadas e pequenas
O rosto cansado, sofrido sem graça

Os lugares repetidos, sem cor, sem brilho, só multidão

A sombra já não existe e o sol quadrado na forma de janela
Os dias se resumem a um quarto vazio de luzes apagadas e a claridade eletrônica do trabalho!


Apenas por um instante pensei que era simples ser apenas eu...

(Rosilene Souza)

Tudo tem um preço!




Pesa uma tonelada essa bata cor de pluma
!