– Não se esqueça de uma coisa – gritou, enquanto se afastava. – O amor permanece. Os homens é que mudam!
Eu ri, ela me acenou de volta.
Fiquei olhando o rio por muito tempo. Chorei até sentir que não tinha mais lágrimas.
Então comecei a escrever.
(Paulo Coelho - Nas margens do rio Piedras sentei e Chorei)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

                                                     ... o fogo que arde sem se ver!

Destrói verdadeiros tesouros!
Hoje tenho noção da cegueira que tinha
As brasas do fogo ardente cegaram meus olhos
Desviaram meu caminho
destruíram meu jardim
As chamas quentes fervorosas me fizeram passar por cima das delicadas flores
De verdadeiros amores... dores dores dores...
Queimou!
Destruiu!
Feriu!
Hoje vivo das cinzas que restaram
Vivo da solidão inevitável
E da poeira com gosto de saudade!
Tentando buscar solução
Depois que brasa queima e arde, e vira apenas pó, sombra e escuridão!

Quero ser sol!
Quero ser sol ardente, que queima, arde mas dá vida, irradia, ilumina, faz feliz!

Mas enquanto sou brasa, tento aprender que o sol queima, mas que faz feliz quando descobre a distancia certa, quando descobre sua função, quando ilumina onde precisa de luz e que consegue ser pleno para todos.

 
Brasa quente, preciso ser sol!

Lembrando as rosas que deixei para traz
E o jardim sem flores
São fios e pétalas que não existem mais
Foram as escolhas que fiz para mim
Não sei se sou o que o vento traz
Talvez as pétalas dizem assim:
-  o vento traz o que ficou pra traz...
- o vento leva o já não é mais...