– Não se esqueça de uma coisa – gritou, enquanto se afastava. – O amor permanece. Os homens é que mudam!
Eu ri, ela me acenou de volta.
Fiquei olhando o rio por muito tempo. Chorei até sentir que não tinha mais lágrimas.
Então comecei a escrever.
(Paulo Coelho - Nas margens do rio Piedras sentei e Chorei)

quinta-feira, 28 de maio de 2015


Quando minha outra metade se perdeu mim ficou vagando pelas esquinas tentando encontrar em outras meninas a cor do meu sorriso, o cheiro dos meus cabelos e a felicidade de estar completo
Quando minha outra metade se pedeu de mim encontrou nos desencontros o que ele achava que era amor
Se perdeu nos contratempos nos desalentos nos sentidos sem sentir, nos rostos e formas de alegrias passageiras paralenas a psicotrópicos ,psicoses, overdoses e doses de muita vodka e vida vazia...
Eu sem sentido fazendo e refazendo tentando me refazer me viro e revivo vivo não sei. ..
Quando minha outra metade se perdeu de mim eu perdi o senso da lógica, noção do tempo e as cores do vento, ele buscando outras partes que viraram outras partes  e eu louca num eu tão estranho e novo que não sei mais ser nem eu nem você , nem metade nem inteiro, apenas eu sem saber se sou.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Se meu coração está livre
Só o amor importa
Sinto uma brisa mansa sobre minha cabeça
E tudo se torna só amor
Porque há amor em tudo
Eles não sabem
Há um som novo no ar
Um silencio misturado com gotas de chuva e cheiro de flores
O coração fica cada vez mais leve
Mesmo na falta de entendimentos vejo o amor explicar tudo
O amor me calou quando eu desaprendi a retrucar
O amor me despiu quando aprendi a pureza
O amor me encheu de sonhos quando me falou sobre a eternidade
O amor me fez aprender a esperar
O amor me ensinou a reconhece-lo nas pessoas
O amor...
Eu, você, não apenas um, mas todos uno.

O amor veio e comeu minha identidade
O amor veio e comeu meu medo da morte

... se fiquei esperando meu amor passar

domingo, 24 de maio de 2015

Eu tive que enfrentar tudo tão sozinha que eu nem me dei conta da força que eu tinha... fora tudo exatamente tudo o que me aconteceu eu tinha que enfrentar o preconceito duro e injusto dos que nada sabiam mas julgavam minha vida tão sozinha...
Mulher diante de uma sociedade machista e preconceituosa, ergui minha voz e disse "NÃO!" impus meu limite!
Sofri pois amava meus torturadores e ainda os amo, mas as maiores dores que eu sofri até hoje foram causadas pelos que amei e continuo amando pois já que se amou uma vez nunca se deixa de amar pois amor é amor...

Senti sua falta... ah como senti, vi nosso sonho erguido e nosso "nós" sem nenhum sentido já que antes o que era tudo "nosso" se tornou tudo meu, tudo, tudo eu , tudo e nada eu
Eu e eu mesma com minhas incertezas e tristezas , firmeza e fraquezas, tudo apenas eu, um como um eu, uma lagrima eu, um medo eu, um lençol, um travesseiro, um espelho, nenhuma palavra um monólogo silencioso entre meus eus e meus reflexos inalterados do dia a dia constante, um grito de Socorro!!! Alguém me tire desse barco! A única voz que ouço são das minhas lembranças me dizendo que sou eu que remo...

sábado, 23 de maio de 2015

Como o tempo passou e quanto tempo fiquei perdida de mim mesma, já a muito vinha perdida pois entreguei minha vida para viver outra pessoa e quando essa pessoa se foi fiquei sem saber o que fazer, sem saber onde ir, sem saber por onde começar sem saber onde era o chão, o não,o pão , a mão, o sim e o não, tudo era confuso e turvo...minha voz se foi, meu coração perdido, meus pensamentos confusos, e  as letras tinham fugido dos meus dedos... fiquei sem escrever e nos arrodeios do destino... algo esta ressurgindo não sei em, que intensidade mas voltei a mim, voltei a me perceber. Tenho acordado de um pesadelo profundo onde misturei sonhos com fantasia onde vivi uma vida vazia cheia de ilusões extremamente reais, onde fui eu, fui outro, fui a outra, fui eu mesma sem ser, sou eu sou você não sabia quem sou... e torno a mim!
Torno e retorno a escrever sem rumo e sem consciência, retomo a mim agora com mais liberdade de ser pois sinto que me libertei não de um ou de dois ou de mil... me libertei de mim...

Voltei a escrever ....não a reescrever... mas... a ESCREVER!